Não restam dúvidas sobre a relevância do agronegócio brasileiro para a economia nacional. Por ter sido pouco impactado pela crise, o setor segue sua rotina de contratações. Em 2017, o agronegócio empregou 32,3% dos trabalhadores formais do país – mais de 30 milhões, de acordo com a CNA-Brasil (Confederação da Agricultura e Pecuária). Diante desse cenário, para a HAYS Executive, empresa que atua no recrutamento de C-level e diretoria, na divisão indústria, os projetos de agronegócios foram responsáveis por 53% dos projetos de Executive Search realizado em 2017.
Um levantamento feito pela HAYS Executive com 90 representantes de empresas chave do agronegócio brasileiro revelou que a falta de competência técnica é uma das principais dificuldades na contratação (43%). Tempo de experiência e vivência no setor aparecem logo em seguida, com 18 e 12%, respectivamente. De acordo com Winnie Welbergen, responsável pelo estudo na Hays Executive, isso acontece, pois o agronegócio demanda, cada vez mais, um profissional híbrido, que tenha habilidade de circular e resolver as demandas do campo e, ao mesmo tempo, tenha habilidade de exercer influência em um ambiente corporativo globalizado e matricial.
Outro dado revelado na pesquisa é que muitos profissionais presentes hoje no setor acumularam experiências em outras indústrias. 58% dos entrevistados afirmam não ter iniciado sua carreira no Agronegócio. 68% do total de ouvidos trabalharam anteriormente, por mais de 5 anos, em outras indústrias. Isso explica o esforço que o setor tem feito para encontrar profissionais que circulem bem entre esses dois cenários.
O que os líderes do setor consideram essenciais para uma carreira de sucesso
As competências comportamentais – ou soft skills – são apontadas como essenciais também para quem busca sucesso profissional no setor de agronegócio. Capacidade de realização e entrega de resultados, juntamente com habilidades de liderança e influência são apontadas por mais de 70% como sendo essenciais para o sucesso de um executivo da área.
Habilidades de relacionamento em diferentes níveis e perfis são fundamentais para mais de 50% deles. Poder de decisão é citado por 36%, gestão de conflito por 27% e gestão de risco por 26%. Já a experiência prévia no setor e mobilidade são elencadas por apenas 21% e 20% da mostra.
Fonte: Portal do Agronegócio