Reunidos na sede do SEBRAE – Acre na última quarta-feira (9), os integrantes da Câmara Técnica do Agronegócio, ligada ao Fórum Permanente de Desenvolvimento do Acre, se reuniram para debater as futuras ações envolvendo a criação da Zona Especial para o Desenvolvimento Agropecuário do Estado do Acre, Amazonas e Rondônia (Amacro).
Registro dos participantes da 7ª reunião da Câmara Técnica do Agronegócio. Foto: Reprodução
Durante a apresentação da proposta da Zona, feita pelo secretário de Produção e Agronegócio do Estado (Sepa), Paulo Wadt, foi destacado, entre vários pontos positivos, que o Acre tem o solo mais fértil do Brasil.
“Hoje, os EUA detém a maior força do agronegócio com a mesma condição que nós temos aqui: uma planície – a amazônica – situada à leste de uma cordilheira que é dos Andes. São dois locais com solo muito rico. O que acontece em relação ao Acre? Não temos neve nem falta de água. Do ponto de vista estrutural, temos um ótimo solo, uma boa localização, e temos condições de estar a nível de competição com os melhores do mundo”, afirmou Wadt.
Sobre a união interestadual, o secretário reforçou a necessidade de infraestrutura e políticas de desenvolvimento para que a Amacro seja um projeto de sucesso: “A Amacro teve iniciativa do governador Gladson Cameli, a pedido do setor produtivo. Foi feito um ofício ao Ministério da Agricultura, e a ministra [Tereza Cristina] já despachou favorável para que sejam feitos os estudos e os grupos de trabalho dentro dos estados. Estamos propondo que aconteça a união do leste do Acre, sul do Amazonas e noroeste de Rondônia em uma região única de desenvolvimento agropecuário.”
Assuero Veronez, presidente da Câmara e titular da Federação da Agricultura e Pecuária do Acre (Faeac), disse que esse novo passo trará resultados positivos para todo o setor, como aconteceu no chamado Matopiba, região compreende o bioma Cerrado dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
(Ao centro) Assuero Veronez, presidente da Câmara e titular da FAEAC. Foto: Reprodução
“Nosso objetivo sempre é construir mecanismos que favoreçam o desenvolvimento acreano. Queremos projetos que alavanquem cada vez mais nossa economia, gerando renda, emprego e, consequentemente, melhora da qualidade de vida nas zonas rurais acreanas”, explicou Veronez.
Sobre o Fórum: Articulação que reúne diferentes setores da sociedade com o intuito de debater e alinhar, coletivamente, estratégias para impulsionar o desenvolvimento local, e tem suas ações estruturadas a partir de dois eixos fundamentais: a criação de um Observatório do Desenvolvimento e a construção de Rotas Estratégicas para o desenvolvimento sustentável do Acre. Integram o Fórum a FIEAC, Fecomércio, FAEAC, Federacre, Sebrae/AC, Governo do Estado do Acre, Ufac, Ifac, Embrapa, IBGE, Amac, Banco do Brasil, Banco da Amazônia e Caixa Econômica Federal.
Sobre o Observatório: Tem como proposta reunir informações estratégicas para o setor produtivo do Acre, avaliar o impacto de iniciativas empreendidas no estado, acompanhar o desempenho dos principais indicadores locais de desenvolvimento econômico, social e ambiental, e disponibilizar estudos sobre potencialidades e oportunidades de negócio no estado. A expectativa é de que esse trabalho contribua para a tomada de decisões, principalmente, de empresários, além de agentes públicos da esfera estadual e municipal, e da sociedade como um todo.